A Moda das Mega Stores

De uns anos pra cá criou-se uma verdadeira febre de Mega Stores. Tudo acabou virando mega store. Algumas livrarias passaram a também vender cd´s e outros produtos, assim como as antigas lojas de cd´s passaram a vender livros.
Eu era uma frequentadora assídua de uma loja de cd´s aqui em copa a Modern Sound. Hoje, transformada numa Mega Store, que vende equipamentos de som, DVD´s, livros e ainda possui um Bistrô num interior da Loja onde grandes artistas já fizeram “pocket shows” como Ana Carolina e Eliana Printes (só pra se ter uma idéia).
Mas eu confesso que sinto falta da Modern Sound que conheci, onde eu tropeçava em caixas de papelão a procura do CD desejado. Era uma pequena loja, mas enorme na qualidade do atendimento e no acervo. Não que isso seja problema hoje, mas era bem mais intimista anos atrás. Foi lá que comprei meu primeiro disco. Você acabava se sentindo mais à vontade no meio daquela bagunça toda. Lembrava bem um sebo (outro lugar que adoro frequentar), mas especializado em novidades.
Com o passar dos anos, aos poucos tomaram o espaço de uma video locadora e de outras lojas. Viraram uma mega store. Mas mesmo assim, vale a pena dar uma conferida, principalmente se você está a procura de um disco que não encontra em lugar algum.

4 Comments so far

  1. Diogo Sinhoroto (unregistered) on July 18th, 2006 @ 1:40 pm

    ah, Fabiana, eu discordo…
    Eu acho que saudosismo tem limite. Eu tenho saudades do preço antigo dos CDs, isso sim. A loja hoje é caríssima, o que é péssimo. Mas dizer que a Modern Sound está pior porque agora tem bistrô, shows (ótimos) e não tem mais caixas de papelão no caminho é demais! Meu Deus, tudo tem que ser raiz??? Tudo tem que ser original???
    Se o bar reformou, perdeu a alma.
    Se o bloco encheu, perdeu a inocência.
    Se o cinema tem cadeiras melhores, vendeu a alma pro imperialismo malígno.
    Se a loja cresce e se torna referência pra variedade e qualidade, perdeu a graça? perdeu a caixa de papelão??

    Saudosismo é importante. Mas a cultura do “no meu tempo é que era bom” é perigosa. A eterna busca pela “raiz” parece implicância com tudo o que é contemporâneo.


  2. Fabiana (unregistered) on July 18th, 2006 @ 3:23 pm

    Dizer apenas que sente falta não quer dizer que a loja piorou.


  3. Diogo Sinhoroto (unregistered) on July 18th, 2006 @ 6:04 pm

    Entendo. Mas é que ao dizer que você “era” freqüentadora e que vc se “sentia” mais à vontade eu entendi que você curtia mais a loja de antes. Logo, a atual seria não tão legal (pior…). Desculpe se eu entendi errado. É que tenho notado muita gente jovem reclamando que os bons tempos passaram… Ser saudosista tá na moda, mas cansa.
    Você não nota isso não?

    beijos!


  4. LP (unregistered) on July 18th, 2006 @ 7:00 pm

    Sim, é verdade e sim, é verdade. Confesso que a Modern tinha lá o seu charme com aquelas caixas no chão… Tinha um quesinho de underground. O andar sub-terrâneo com os clássicos – nunca me esqueço de ter comprado lá um super álbum da 9ª de Beethoven com a Filarmônica de Berlim! Uaaau! No andar de cima, subindo a escadinha, lá no fundo, os importados, de dar água na boca! Mas agora está muito bacana, mais completa e organizada, eu acho. Em relação às Mega Stores, o problema é que não é de hoje que tudo por aqui é “Mega” e o que não é, é Store. If you know what I mean… e em relação ao nostalgismo, é vero. Tenho várias teorias a respeito do nostalgismo, assim como em relação ao (falso) auto-desdenhismo carioca, e que, a meu ver, estão intimamente relacionados.



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