Dez curiosidades fundamentais sobre as salas de cinemas cariocas (e nem tão cariocas assim)
Paço Imperial – Sabe os Arcos da Lapa? O Arco do Teles? A sala de cinema do Paço Imperial tem um mini-arco do lado de dentro. Muito simpático arquitetonicamente, mas nada funcional. A dica á chegar meia hora antes para evitar os assentos de onde o filme é cortado não por uma elipse estética, mas por uma elipse grega, mesmo.
Estação Botafogo – Não todo, mas especificamente a sala 3. Evite. É a pior sala de cinema da cidade. E não pelos exíguos 62 lugares. São três interferências visuais: a primeira é um aviso “Não fume” em neon verde, embaixo da tela. Ali, uma continuação da legenda. Lê-se a frase “O Senhor dos Anéis é gay, sabia?” (quem não viu Transamérica perdeu a brilhante teoria) e, na seqüência, o “Não fume”. Você está quase a ponto de um orgasmo visual com o George Cloney em preto-e-branco e é interrompida pelo “Não fume” ou vê o Clark Kent pedir a Lois Lane que apague o cigarro três vezes durante Superman e brilha o “Não fume”… (e quando sai da sala, um cartaz anuncia: Obrigado por fumar!!!). Não bastasse, ainda existem outras duas: a decoração em volta da tela, com placas brancas imitando um negativo (que original!) e, claro, outros três “Não fume” nas paredes ao lado.
3. Arteplex – Não importa qual seja o filme, vá ao que estiver na sala 6. Nada importa quando se tem som THX. Principalmente se a última vez que você viu um filme foi no Cine Arte UFF.
4. Cine Arte UFF – Ah. Lá você provavelmente verá filmes antológicos, que perdidos no cinema ou fora de cartaz há uns 80 anos. Seleção formidável. E um som … A mocinha já fechou a boca e continua a gritar. Ou começa a gritar e ainda não abriu a boca. Puxa! Você lembrou de passar repelente nas canelas, lembrou que não precisa de casaco porque o ar-condicionado vive com defeito, mas não lembrou que o áudio tem delay… E que é preciso um mínimo de 3 pessoas para que a sessão comece. Se você pensa que vai assistir ao documentário tupiniquim Os carvoeiros sozinho na sala, sem barulhinho de pipoca ou beijinhos estalados, esqueça. Tire mais quatro reais do bolso e pague a entrada de dois mendigos que estiverem pela Praia de Icaraí. Ou nada de filme.
5. Bingo Tijuca – Observação in memorian. Foi o que virou o ex-Metro Tijuca, na Praça Saens Peña, das melhores salas de cinema que já existiram na cidade. Dois mil lugares, à Metro Goldwin Meyer (MGM), com rugido de leão e tudo. Com sala de espera. Com fumódromo. Com lustre parisiense. E hoje, reduto de lavagem de dinheiro.
6. Cinemark Itaipu. O único dos Cinemark que não é escadinha. E o único que denuncia os casais de namorados. As poltronas (que levantam os braços) são azuis, espalhadas entre as normais, vermelhas. Ou seja: sentou na azul, não quer ver filme!!! Tão melhor o esqueminha discreto, poltronas de namorados só nas últimas fileiras…
7. Odeon. (suspiro de introdução) A única sala que trata o filme tal qual um espetáculo. Três sinais para avisar o espectador de que é hora de desligar o celular. Bem mais charmoso do que o trailer esgüelado dos gatinhos do Ticketmaster. A única sala com a proporção exata para qualquer padrão de filme. Seja americano, mais quadradinho (feito para posterior venda para as emissoras de televisão) ou europeu e asiático (mais 4×3, achatadinho, cinemascope, ulalá). Uma sala democrática. Linda. Limpa. Mezanino. Musiquinha antes, para inserir o
clima, luzes apagando em seqüência, e não abruptamente… O cinema como uma instalação! (suspiro de encerramento).
8. Maison de France – Très chic. Mas é bom levar um travesseirinho de avião, uma jaqueta ou alguma coisa que se torne apoio para a cabeça. As poltronas são lindas, macias, mas só até o pescoço. A
cabeceira é de madeira. O espectador tem duas opções: ou vê o filme em 90 graus, sem recostar, ou, na falta de um namorado, ganha um torcicolo.
9. Ilha Auto-Cine – O Rio ainda tem um drive in! De verdade! Com caixinha de som para pendurar na janela do carro! E muitas, muitas árvores, para quem quiser ver o filme, assim, digamos, reservadamente! Na Ilha do Governador.
10. Laura Alvim. Asmáticos, alérgicos e afins, levem as bombinha. O papel de parede nao é verde. É mofo, mesmo. O tom musgo que escorre pelas paredes da pequena sala de Ipanema transporta
o espectador para o pântano de Dagoba System, onde Luke Skywalker encontra mestre Yoda.
Sábado tive o desprazer de descobrir outra curiosidade: os assentos baixos da Cândido Mendes, em Ipanema, estimulam a criatividade de quem assiste o filme: passei por pelo menos quinze posições diferentes tentando descobrir qual me dava a maior porcentagem da tela. Não tem nem uma inclinaçãozinha no chão pra ajudar quem senta atrás.
Cinema + aula de yoga involuntária não é a boa.
ha! ótimo post… me deu vontade de ir ao cinema agoraaaaaaaaaaaaaa
MENINA,
FALTOU O CINEMAUM PORNÔ DETRÁS DO AMRELINHO DA CINELÂNDIA…
PODE ACREDITAR, UM DOS MELHORES DO PAÍS !!!