Simplesmente

(vulgo Somente, Sta Tereza, Rio de Janeth)

no guardanapo escrevi
uma carta, um poema
um hino-conflito de amor
sobre a tristeza de quem
sente saudade

eu pedia socorro ao tempo
e perdão ao passado
e pro garçom, na juke box,
uma canção do Odair
que me toca fundo n’alma

descrevi o bar, a bebida
dizia que esperava, riscava
a despedida. eu falava
dos teus olhos nos meus
e da falta do teu corpo
por perto

conversava sozinho
chorava baixinho
e van gogh
da parede contemplava
meu girassol na lapela.

2 Comments so far

  1. letícia (unregistered) on September 4th, 2006 @ 2:54 am

    ahhhh que graça, bruna.

    um viva aos guardanapos.
    viva!


  2. Fernando paiva (unregistered) on September 4th, 2006 @ 7:22 pm

    Lindo, mais um!
    E o lançamento? Já tem data?
    Bjs!



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