Laranjada pt.1
Quinta-feira é agitado, nasce do morno da quarta-feira à noite o dia frenesi e, a essa altura, as morenas da Praça Mauá não acertam mais os olhos na linha do horizonte sem deixar cair um deles no fundo do mar. E os bancários, ah, os bancários e os contadores estão chegando para dar um logoff nas operações de subtração e soma. Tiveram um dia de cão. Advogados falam muito alto na Rua México para saber quem vai pagar a conta das estagiárias quando elas deixarem os botecos antes das oito pra pegar o segundo tempo de Direito Civil na faculdade que fica na Praia de Botafogo.
Ninguém ainda me chamou ao telefone pra contar o que fará de divertimento. Já pressinto os papos nos breaks a respeito da obrigação de fazer alguma coisa amanhã para anular os aborrecimentos. A Santa Inquisição, flanco presente em qualquer escritoriozinho de meia idade, quer saber qual tipo de tortura vocês vão preferir no sábado de manhã para compensar o álcool do dia anterior: há os que dão plantão. E é certo que “plantão” é uma atividade que beira a caridade, ou seja, “eu não estou DE plantão, eu OFEREÇO a minha disponibilidade.” Não havendo escolha, é possível que se mereça o dinheiro multiplicado por dois, o que, em qualquer caso, pra passar um sábado (ou até domingo) esquentando a banha numa tarefa 1% desgastante é uma mixaria. Tal putaria me enfeza.
Amanhã é sexta-feira, pavor. Parece que o sol nasce antes e mais disposto a queimar mais. Nos dias de chuva, a água vem pouca, com promessas de sol e tempo bom. O trânsito encalacra: nas arquibancadas dos ônibus, pedaços de pessoas espremidas nas janelas. E o velho bom humor, sumido desde segunda, invade as padarias, as farmácias, os postos de gasolina, as bancas de jornal. As pessoas brilham nas sextas-feiras, elas vão ao trabalho mais dispostas e com mais vontade. Mas trabalham menos. Elas põem a roupa do happy hour e cadê que esse relógio não dá 18h? Quem não espera loucamente o final da semana que levante o braço. Eu não levantei o meu. O que me cansa é a pressão na sexta-feira, que, no meu caso é sempre um dia de descanso. O espírito da sexta-feira não deve ser dado a grandes transtornos; tivemos uma semana tensa, no máximo deve ser oferecido a grandes bebedeiras (o que pode transformar a sexta-feira num grande evento e até numa catástrofe). Em todo o caso, voto para chamar os amigos, calçar um qualquer no pé e conversar ao banho do álcool moderado para esperar o sábado, o dia internacional da recompensa pela semana fia das puta que nos têm dado desde que ficamos grandes e sabidos. Trabalhar é uma merda – Mesmo fazendo o que se gosta, trabalhar vai ser sempre uma merda. Chega uma hora que SOCORRO
Enquanto pensava nessas bobagens todas, deixei a Avenida Rio Branco e pernei rumo à esquina da Rua dos Andradas com a Senhor dos Passos, fazendo planos de encontrar a minha espera a mais tradicional pastelaria da cidade, a Chic’s. Queria ter com ela um meio de tarde de estômago forrado antes de bater aquele prato às 16h, quando aproximadamente chegaria em casa. Eu estava e ainda estou com muita fome, mas é preciso explicar a Pastelaria Chic’s. Bem, a Pastelaria Chic’s foi fundada em 1970 ali naquele lugar mesmo por um portuga de nome desconhecido por mim. O sistema de atendimento é bem simples, e o cardápio acompanha a mesma dieta há 35 anos: laranjada pequena, laranjada grande e pastel, encontrado nos sabores carne, queijo, frango, camarão e palmito, que veio depois da implantação em série de vegetarianos malas na sociedade carioca. A incrível LARANJA NATURAL 100% SAÚDE é produzida no bairro, Ó, das Laranjeiras, numa casinha pintada de branco e oprimida pela Sociedade Viva Cazuza do lado esquerdo, o viaduto sentido Catumbi, Centro, Cais do Porto e Linha Vermelha em frente, e os camelôs de livros usados instalados nas proximidades do ponto de ônibus, o último da Pinheiro Machado. Ali só tem Sidney Sheldon e Agatha Christie, não se animem. A marca é AMAL e na fachada da casinha que mais parece um depósito da Comlurb, figura o desenho sapeca de uma laranjinha bastante simpática, a teta onde mamam os deuses e da qual ejacula o pólen.
Continua amanhã.
É um site sobre o Rio ou sobre vocês???…
no jornal tava dizendo que era um site sobre cidade, tem uns que até escrevem sobre a cidade e tal, e coisas interessantes, tipo os textos do lichote e tb os posts do Fernando.. mas vou te contar hein..os textos dessa leticia e os seus são ego puro…..ninguem merece..
o mundo não gira em torno de vocês, fía..!
Você conhece o genêro CRÔNICA? E a PASTELARIA CHIC’S, tradicional estabelecimento do Rio de Janeiro? Então amanhã você lê o resto do texto e aproveita pra tecer mais elogios. Obrigada.
Você conhece o genêro CRÔNICA? E a PASTELARIA CHIC’S, tradicional estabelecimento do Rio de Janeiro? Então amanhã você lê o resto do texto e aproveita pra tecer mais elogios. Obrigada.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
AHHAHAHAHAHAHA
AHAHAHAHAH
AHAHAHHAHA
BEIJO, JULIANA PINHO!
ME LIGA, QUERIDA!
querida bruna, me leva um dia na chic’s?
:P
aeeeeeeeeeeee!!!!
Se não me engano… a primeira crítica ao Blog!!!
Muito boooommm! rsrsrsrs
Ego puro…? Eu prefiro o meu com gelo, please!
ego cogito sum.
bruna, sonhei com vc.
(e com um crocodilo enooooorme… tic-tac-tic-tac…)
:P
Os próprios autores dos textos defendendo seus próprios posts… Até aí morreu Neves…
Quanto ao Gleidson, a defesa dele é café com leite: li o outros posts e vi que ele comenta tudo, acessa todo dia e é o tipo de leitor-fã que vai engulir qq coisa que vcs escrevam, boa ou ruim… Aposto que é amigo de algum de vocês..
além de que todos aqui são apaixonados por essa letícia, inclusive ela mesma e todas as outras meninas…
gente estranha…
Ah, Juliana, que bandeira! Tá com ciúmes??? Tolinha… Eu te amo, Juliana Pinho!
Opa… alguém aqui do Blog está devendo grana à Juliana? Gente, que feio… pague logo à moça!
Não… eu não conheço o pessoal do blog. Só o Nuno, que conheci por intermédio do próprio blog.
Sim… gosto muito desse blog, principalmente pela variedade de histórias e estórias que encontro aqui.
Não… não sou apaixonado pela Letícia.
Sim… você pode me ligar e marcar alguma coisa! ;-)
Opa… alguém aqui do Blog está devendo grana à Juliana? Gente, que feio… pague logo à moça!
Não… eu não conheço o pessoal do blog. Só o Nuno, que conheci por intermédio do próprio blog.
Sim… gosto muito desse blog, principalmente pela variedade de histórias e estórias que encontro aqui.
Não… não sou apaixonado pela Letícia.
Sim… você pode me ligar e marcar alguma coisa! ;-)
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
hahahahahahahahahaha
RARARARARARARARARARARARARA
JULIANA, VC QUER FICAR COMIGO?
Manage a trois??? Topam?! rsrsrs
rsrsrs
Ménage à Trois nesta sexta, na Barra.
Homenagem a quem?
Juliana,
Minhas sinceras desculpas. Houve um mal entendido e o Globo já foi notificado.
Isso…..isso…
Continuem escrevendo e batendo palma pra vocês mesmos…
Gênios que um dia serão descobertos e aí sim, terão seus talentos reconhecidos, tornando-se grandes nomes da literatura brasileira (principalmente no “gênero prosa”), assim, do dia pra noite,graças ao metrobloging…
é isso que vocês são né?… gênios incompreendidos..
sou de blumenau mas tenho uma tia que mora no rio, acreditei na nota do globo, achei que teria no metroblog dicas sobre a cidade, que ingenuidade a minha. Depois não sabem porque os cariocas tem fama de serem vaidosos, convencidos e de só olharem (literalmente) pra si mesmos..
Juliana,
Fico feliz com todo o seu pensamento positivo sobre as oportunidades de reconhecimento que esse blog pode dar para nós, mas temo que, infelizmente, isso ainda esteja longe de ser verdade. O Metroblogging não é tão lido assim e muitos daqui nem desejam serem nomes da literatura brasileira. Eu, pelo menos, desejo no máximo uma nota de rodapé na biografia de alguém.
Sobre o que você escreve sobre a fama do carioca, para mim é novidade. Eu estou no Rio há bastante tempo e tenho uma perspectiva diferente do carioca. Não acho que o carioca deseje se sentir melhor que alguém, mas sim que as pessoas se sintam tão bem quanto ele. É compreensível e normal essa pequena confusão. A vaidade eu tenho de concordar. Nunca vi gente vaidosa como o carioca. Nem em Londres, Paris ou nas noites Paulistanas. O carioca é muito vaidoso mesmo. E tem todo esse culto ao corpo, né? Isso deve fazer muita gente se sentir inferiorizada também. Uma pena.
E, convenhamos, não é uma fama tão ruim assim essa. Aposto que o carioca, como ser altamente compreensivo sobre as visões externas de outras sociedades julgando os valores da sua, acaba por não ligar muito e preferir tal fama. Capaz de sorrirem entre si e dizerem “Melhor que fama de gente chata.”
P.S.: Tenho muita vontade de conhecer Blumenau. Assim que o Metroblogging Blumenau abrir, vou correndo visitar.