Carnaval – fim
“O delírio é uma tentativa de cura, de reconstrução. O sistema delirante é, na verdade, um sistema de sobrevivência.”
(Sigmund Freud)
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento do sonho
Pra fazer a fantasia de rei, ou pirata, ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim
Felicidade, sim
{nem o cheiro do xixi alastrado
nem o roxo das minhas canelas
nem o dinheiro desaparecendo
nem o fígado exigindo transplante
nem o tarado puxando meu cabelo
nem a espuma acertando meu olho
nem meus ombros prestes a descascar
nem o trânsito de arranhar a cara
nem a sujeira encruada nas minhas unhas
nada disso
importa agora.
grande ilusão, grandes delírios.
você sempre especulou sobre o fim
então, bem vindo a ele}
Eu sobrevivi ao carnaval de 2007.
E você?
Difícil é sobreviver à quarta-feira de cinzas…
Eu tive que ir para Buenos Aires resolver uns pepinos da empresa. Aff…mas voltei a tempo de pegar a contagem das notas da escolas de samba.
Um máximo…
É Beija-Flor!! :-D