Shake, baby, shake

Você vive numa grande região metropolitana. Você acorda cedo todos os dias úteis e se prepara para mais um dia de trabalho fecundo.

“Ah! A velha e boa rotina”, você pode dizer para si mesmo.

Negativo. Ao menos se você vive numa região como a do Grande Rio.

“Mas eu moro e trabalho próximo a estações da linha principal do metrô. É verdade que os vagões costumam estar lotados, mas não é tão difícil.”

Você tem sorte. Isso funciona bem.

“Hei! Eu fiz por merecer isso. Eu me organizei para facilitar a minha vida”.

Pelo amor de Deus, cara! Não me venha com racionalizações baratas! Você nasceu virado para a lua. Você sabe disso e nós te odiamos.

Porque, se, por outro lado, você depende de condução própria, ou de outros tipos de transportes de massa, ou até de baldeações entre as diversas modalidades do metrô para sua rotina diária de trabalho, você poderá chamar sua rotina de qualquer coisa, menos de rotineira. Você precisa se preparar para uma verdadeira epopéia. Não daquelas com uma hidrazinha comum de sete cabeças, mas daquelas com setenta vezes sete hidras com setenta vezes sete cabeças cada. Por dia.

A geografia da região do Rio de Janeiro complica um pouco os deslocamentos, com suas belas cadeias de montanhas que em muitos pontos se projetam avidamente para o mar.

Mas o fato é que a natureza não precisava se esforçar tanto. Os seres humanos se saem muito melhor quando se trata de complicar o que poderia ser simples ou de tornar inviável uma tarefa que prometia ser repetitiva.

Todas as regiões metropolitanas têm seus problemas quando se trata de deslocar grandes massas de suas populações. Ontem mesmo visitei Melbourn virtualmente e pude acompanhar uma longa discussão a esse respeito.

Outras regiões são famosas, como Nova Iorque, Roma ou Milão. (Como? Não há ninguém do Metblogs na Grande Bota para confirmar isso?)

O que eu reivindico para o Rio de Janeiro é a marca da Região Metropolitana com o Trânsito mais Imprevisível do Mundo.

Nota: Esta saga continua. Ao menos até que me interrompam ou que voluntários mais inspirados possam tomar o meu lugar. Só no Bloglines eu contei sete assinantes deste Rio de Janeiro Metblogs, além de mim, que assino há muito tempo.

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