It’s raining, men!
In other words: There’s no Rio de Janeiro at all.
In other words: There’s no Rio de Janeiro at all.
Cariocas gostam de brincar com o povo de Niterói. Dizem que a melhor coisa de Niterói é a vista para o Rio.
A vista é mesmo uma beleza, como podem demonstrar muito bem algumas das belíssimas fotos de neloqua.
Mas, como pode ser visto nesta foto aqui, faz tempo que a melhor coisa de Niterói é que fica a uma distância segura do Rio.
Antigamente se dizia que Londres era uma cidade que nunca se via. Por causa do fog. Um desavisado poderia perguntar se nunca havia sol na região. É claro que havia, mas aí não seria Londres.
O caso do Rio de Janeiro é contrário. Se você não vê, pode ser qualquer coisa, menos o Rio.
Após alguns dias cinzentos, muita chuva e até uma neblina forte pela manhã, o Rio de Janeiro ressurge, esplendoroso e belo.
“Sol e poucas nuvens”, dizem as previsões.
Rio de Janeiro, dizemos nós.
não, não fui na roda gigante, achei caro, deu preguiça, agora evito multidões, rapazes que chamam os amigos de “lék” e meninas com smirnoff ice na mão a noite toda.
uma tarde de sexta feira, senti um estalo de levar um semelhante à uma montanha russa, já que sabia que o tal nunca havia ido numa. partimos com vodka e suco de manga para a barra da tijuca.
a terra encantada, que era pra ser a disney (ui!) brasileira está mais para cidade fantasma. lojas abandonadas, cenários descascando, alguns brinquedos não funcionando. mas como sou xóvem e ávida por adrenalina além de gostosas do sportv saltando de pára quedas e urrando: “que adrenaliiiiiiiiina”, acabei me empolgando maximamente, mesmo com medo de um possível roubo, tamanho deserto era aquilo.
a montanha russa, para a minha felicidade, continua espancando suor, sangue, lágrimas e gargalhadas non-stop. coisa de maluco sentar na primeira cadeira e embarcar num troço que te gira, te sacode, te faz voar, correr. troço de louco. maravilha. bate-bate, kabum, túnel do amor… rolam uns outros bobinhos. mas o tesão mesmo é na montanha russa. achei barato. 25 reais, 2 passaportes. mas outro dia vi que essa promoção vai acabar. então, tipo voa. pode faltar muita coisa: água, banheiro limpo, gente (!), mas a montanha russa vale. vale tudo.
Visão do Forte de Copacabana, outubro de 2007
Sempre confundi montanha russa com roda gigante, vai entender a dislexia que me habita desde os 7.
Domingo agora começa a funcionar a roda, não tão gigante, no forte de Copa. Ingressos baratinhos, alguns belos minutos pra olhar essa cidade, que cada vez mais, fica mais bonita de longe.
Um vinho, amigos, uma subidinha. Clichezão, mas é uma boa pedida pra essa janeiro com cheiro de chuva que agora me acalma. 8 e infinito de pé. Adoro.
Uma volta na roda com emoção russa de uma montanha.
Esse ano vamos sair de curdos. No carnaval passado a idéia era fazer um bloco de coreanos. Chegamos a baixar o hino da Coréia do Sul em mp3 — seria o nosso samba-enredo — e eu até imprimi a sua tradução, que é mais ou menos assim: ‘Até que as ondas do mar oriental sequem e que o monte Baekdusan se alonginque, Deus proteja nossa terra para sempre, nosso pais para sempre. (…) Que a Coréia, pais da rosa de Sharon, dos milhares de quilômetros de montanhas e rios magníficos, fique para sempre de pé, defendida por seu povo.’ Mas, não sabemos porque, ninguém aderiu ao projeto e o bloco não vingou. De fato apenas eu e meu velho amigo Yuno Virgilio — que é filho de pai japonês e mãe portuguesa — perseveramos até o último momento, sem êxito porém. Acho que atrapalhou o fato de que os integrantes do bloco coreano deveriam, de acordo com o plano, sair fantasiados de alemães e aí, fevereiro, aquele calorão, vocês sabem como é… Mas vamos simplificar. Agora o bloco é curdo. Veja como é simples a coreografia! Bastam duas pessoas com lenços. A letra segue aí embaixo pra todo mundo já ir decorando. A gente se vê no Boitatá.
Şemamê Şemamê Şemamê bûkê
Domamê domamê domamê bûkê
Şemam bûka mele
Domam bûka mele
Genim da zerdele
Nehişt para mele
Revî çû ser kele
Şemamê tîto vît e
Eslê xwe egît e
Şemamê nan dîpêje
Girkan hildavêje
Em tempos de apagões aéreos Luis Fernando Kubrusly pinta aviões. LFK (não confundir com o aeroporto JFK, em Nova Iorque) está ali na saída do Metrô Carioca, logo à direita de quem sai da estação, em direção a Rio Branco. Ele me disse que antes de pintar trabalhou numa companhia de aviação e que hoje tem quadros seus até nos Estados Unidos. Eu achei interessante aquela temática e aquele resultado de quem não passou por academias de arte e que carrega um típico saber e não-saber, o que confere ao trabalho uma certa singularidade bacana. As pinturas, a óleo e acrílicas, baseiam-se em fotografias. Na maioria das vezes mantém apenas o corpo das aeronaves e altera a pintura externa delas, trocando as cores de uma companhia por outra, mudando o cenário aqui e ali. Você pode encontrar alguns de seus trabalhos aqui. Ele me disse para não reparar na apresentação porque era um site tosco, segundo ele “meio brucutú”. Brucutú, meu caro LFK, é esse bando que nos governa, que até hoje não resolveu essa questão e valha-nos Deus, porque o fim do ano chegou.
São quase engraçadinhas, essas vacas. A cidade está cheia delas. As pessoas passam, olham, passam a mão no rabo delas, comentam seus adereços. A parada começou em 1999, em Chicago, e de lá seguiu para centenas de outras cidades do mundo. Em toda a parte, depois da exposição, as peças vão a leilão e a grana arrecadada é doada para alguma instituição pública. No Rio vai para a Obra Social da Cidade. O site cowparade diz porém que elas têm um valor médio de US$ 25.000… Os trocadilhos são inevitáveis e talvez, para comprá-las, só fazendo uma vaquinha… Algumas são muito ruins, é verdade, e em geral não passam de piadinhas estéticas sem maiores pretenções. Conjugam-se as tribos, integram-se as cidades por onde elas passam. Tudo bem relaxa-e-goza. Mas têm lá o mérito de levantar essa graninha, sem dúvida. Na verdade elas pretendem retratar os próprios habitantes da cidade, bem ou mal, com suas peculiaridades bairristas, regionais. Por aqui temos vaca dondoca, de grandes óculos escuros e bolsa de grife (em frente ao Forum de Ipanema), vaca de biquini bebendo água de côco (na Praia do Leblon) vaca com os cascos sobre molas (em frente à Câmara dos Veradores), entre outras mais. Não espere encontrar vaca cheirando cola ou morrendo na fila de hospital público. Nem teremos vacas esquartejadas, em frente às churrascarias. Também não veja nelas nenhuma alusão a nossa condição de povo bovino, manso e passivo. Essas vacas vem apenas para nos entreter: fazem o seu showzinho e depois ruminam em outros pastos. No caso do Rio ficam até 26 de novembro.
Aqui você encontra fotos dessas vacas
A PARTIR DO DIA 13 ESTAMOS EM ESTADO DE EXCEÇÃO!
SÃO PROIBIDAS AGLOMERAÇÕES E QUALQUER UM PODE SER PRESO ATÉ O FIM DO PAN SEM NENHUMA JUSTIFICATIVA!
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Bob Lester com a banda carioca Binário. Pista fechada. Solzinho e sonzinho bom. Lua cheia.