Archive for the ‘Dia’ Category

Da janela vê-se…

Uma bela dica do Good News: Rio by Air, by Liceofrances.

Chove…

Chuva no Rio de Janeiro - Do blog Rio que mora no mar

Chuva no Rio de Janeiro - Do blog Rio que mora no mar

Esta manhã de primavera está linda e muitas fotos podem ser encontradas na Internet de dias como este, em que o Rio de Janeiro mostra seu lado mais bonito.

No entanto, o post que me chamou a atenção foi este, do belo blog Rio que mora no mar, inspirado na chuvarada de ontem (e que pode se repetir hoje e nos próximos dias).

A poesia de Manuel Bandeira é, como o post, tão bela quanto singela, como tudo o que este mestre fazia.

Neste domingo, no Rio de Janeiro

Eventos não faltarão, como mostra esta notícia.

Chorinho na barca

Pode ser um belo passeio até Paquetá, com chorinho e tudo.

It’s raining, men!

In other words: There’s no Rio de Janeiro at all.

É sal, é céu, (é psiu!), é sol, é sul

Antigamente se dizia que Londres era uma cidade que nunca se via. Por causa do fog. Um desavisado poderia perguntar se nunca havia sol na região. É claro que havia, mas aí não seria Londres.
O caso do Rio de Janeiro é contrário. Se você não vê, pode ser qualquer coisa, menos o Rio.
Após alguns dias cinzentos, muita chuva e até uma neblina forte pela manhã, o Rio de Janeiro ressurge, esplendoroso e belo.
“Sol e poucas nuvens”, dizem as previsões.
Rio de Janeiro, dizemos nós.

Deus Pai:

no Rio 40º, ou menos – tanto faz; o calor pairou nas cabeças. do alto dos meus 1.86m, pressinto um desmaio – respira fundo, apenas respire. toda queda do meu alto é danosa. o asfalto montando imagens desformes, o vapor subindo do piche, do preto do chão, do núcleo da terra – deve ser o tal do aquecimento global. e eu que amo cortar a cidade pela orla, tentando enxergar no horizonte que a terra é redonda, que o mundo dá volta, que eu estou de cabeça pra baixo no universo – porque são 12h, e o Japão tá lá em cima (ou o contrário disso tudo), tomar vento na cara, brisa boa, cheiro de mar, mas não, tenho gotículas no nariz e um bicode de suor, meu desodorante não da vazão, anti-transpirante de cu é rola. o carro da frente tem na placa um and e eu aqui pensando : and what? não tem graça.

o horário de verão não esperou o verão acabar e é triste pensar nas 19h de céu escuro, lua brilhando – uau, é lindo – mas cadê o céu multicolorido de cores que nem sei dizer?

meu guia corta caminho, fugir do engarrafamento é preciso, quatro ruas em cinco minutos, e o centro do Rio virou um tabuleiro de xadrez – ABL, Odeon, Restaurante Àrabe – sinal vermelho outra vez.

corta guia, outra rua, outro caminho, please.

então a sensação do desmaio volta, minha visão fecha, tudo escuro mas há um foco em forma de alucinação:

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[que o sonho seja a rotina]

fico de cara com essa vida, e a cidade me dá um xeque-mate. sem piada, sem piada, sem pretensão.
deve ser o calor, deve ser.

Caô do Cauê

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Todo mundo no abrigo do ponto de ônibus, o gari de capa, a rua molhada, o Pão de Açúcar chapado num fundo branco: essa foto tem a maior cara “de arquivo”, de que foi tirada em abril ou junho, mas não: ela foi feita hoje de manhã, lá pelas nove, na Praia do Flamengo.

Dezoito de janeiro de dois mil e sete, notem bem. JANEIRO: deveríamos estar fritando por aí. Mas não neste janeiro.

A chuva não pára há mais de um mês, o calor não vem, e a gente começa a achar que neste ano não vai ter verão.

Surrupiaram o nosso verão!! Como diz o Buarque, “Chame o ladrão, chame o ladrããããuuuummmmm…”

Encontrei a Letícia Novaes na rua e perguntei “E aí, meu anjo?” Ela parou na minha frente, tirou uma foto de um sol do bolso, apontou pra ela e começou a repetir o mantra, com os olhos esbugalhados: “E.T., phone, home! E.T, phone, home! ET-PHONE-HOOOOMMMEEEE!!!!!”

Cariocas moram no sol, mais que no Rio. E estão enlouquecendo com a greve do Astro Rei. Falar do clima é a alternativa perfeita à falta de assunto da vida em comunidade. Nos mataríamos mais se não fosse a meteorologia. Mas geralmente a gente fala do clima “a curto prazo”, para amanhã ou depois. Geralmente, mas não neste verão.

Entramos na vibe do Al Gore e o papo agora é aquecimento global. O mundo vai acabar, começando pelo biquini. Não queremos mais saber se vai ter praia no fim de semana, porque a gente já sabe que não. Queremos saber se vai ter Rio de Janeiro em 2050.

O mascote do Pan 2007 é o solzinho Cauê. Solzinho pé-frio da porra.

Rio de Janeiro sem sol é que nem o Cauby proibido de cantar “Conceição”.

Navegar é preciso

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Vou à Barra da Tijuca cinco vezes por semana. Um lugar que séculos atrás talvez tenha sido um dos mais bonitos da região e que até os anos 60 foi o extremo oeste do município do Rio de Janeiro. Hoje a Barra da Tijuca é apenas um bairro surreal, populoso, enorme e longe pra dedéu. Ou talvez, numa análise menos rasa, uma amostra dos caminhos bizarros que a urbanização pode tomar.
O trajeto, além de longo e demorado – são 30 quilômetros! – é um suplício diário por conta da total inexistência de transporte público no Rio de Janeiro e da total ausência de planejamento de tráfego urbano. Não se trata de exagero, as palavras são mesmo essas: total, inexistência e ausência.
Não vou descrever os detalhes deste trajeto sofrido e de suas consequências na vida de uma pessoa – vocês tem imaginação suficiente para imaginá-los – sobretudo porque quero sublinhar os únicos 5 minutos agradáveis dos 60 gastos dentro do busão: a hora em que vejo o oceano, numa trinca com o Sol e com a floresta que ainda resiste. Do fim de São Conrado até o início da Barra, passando pelo Elevado do Joá – um viaduto de dois andares que sobrevoa um pedaço de mar. Invariavelmente um momento de extrema beleza e de profunda reflexão. Penso na vida, no Rio, no Brasil e por aí vai, as idéias voando longe. Acordo deste estado alterado de consciência ao passar pelo outdoor do “Sorria, você está na Barra!”, percebendo o quanto somos privilegiados por – ao menos – estarmos tão próximos de aspectos tão pungentes da natureza (a floresta e o mar). Ao ver o mar temos consciência de que nosso universo cotidiano termina ali, e que do outro lado – a quantos milhares de quilômetros de distância? – há outros mundos existindo em paralelo ao nosso. Isto nos dá uma outra dimensão de nossos próprios problemas e qualidades, além de uma inevitável vontade – tipicamente humana – de talvez um dia partir, desbravar o que há do lado de lá, descobrir o que há além de nossos horizontes. Quanto mais tempo se olha para o mar, menos tempo se olha para o próprio umbigo. Privilegiados os cariocas que conseguem aproveitar esta benção que é habitar na fronteira entre o nosso e o resto.

A bicicleta e o Rio

Hummmmm…

Comentários são bem-vindos. :)

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