Archive for the ‘Restaurantes’ Category

O Rio de Janeiro está "se achando" no Leblon

Como pode demonstrar esta nota no jornalão de São Paulo.

Pós-post do Pixinga

Assyrius.jpgEu mesmo fiquei curioso. Mas, afinal, que lugar é aquele onde foi gravado o clipe do Pixinguinha tocando Carinhoso?…

Elementar, meu caro Watson: é o restaurante Assyrius! Aquele no sub-solo do Teatro Municipal. Confiram. Nas cenas iniciais e finais do filme aparecem, ao fundo, aquelas paredes de tijolos adornados com uma fila de leóes mesopotâmicos, bem acima. Ah, moleque!!!

Quando eu crescer, vou trabalhar no CSI, de Paris.

Galetos vão direto pro céu

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Olha que o coro tá comendo, o bicho tá pegando,
os governantes não se entendem, o negócio tá preto
e urubu não vem na terra pra pegar seu rango
porque tá com medo de virar galeto – “Medo de virar galeto”, música de Bezerra da Silva

Galeto é aquele franguinho que a gente come sem coração (o dele e o nosso), antes de deixar o bichinho crescer. Galeto é o frando que a gente come quando ele está só começando a largar as fraldas e pedir o DVD do RDB pra mamãe. Morre sem conhecer o álcool e o sexo, coitado do galeto…

Se tem um céu pros galináceos, os galetinhos já estão lá, à espera dos outros – tadinhos… tostados sem um pecadilho! E se existem mesmo essas almas galináceas, o Centro do Rio – provavelmente uma das maiores concentrações mundiais de restauramtes que vendem galeto – é um campo de almas depenadas (perdoem, oh, irmãos, os meus trocadilhos).

Comer um galetinho na hora do almoço é muito mais que uma refeição: é um ato de libertação pessoal, porque ele aproxima o sujeito trabalhador da repoartição do churrasquinho em volta da piscina no fim de semana. Uma vez eu testei isso e perguntei a um terno-e-gravata que devorava um galetinho com as mãos, quase sem ar, em puro transe: “Você está vestindo o quê, amigo?” E ele, com a pupila enorme: “SUNGA! SUNGA, NÃO TÁ VENDO QUE É SUNGA?”

O galeto é um reencontro com a vadiagem, eu diria. Um prato pra sair da rotina, sim sim. Foi por isso que hoje eu almocei um filé de galeto no Príncipe do Galeto, na Avenida Peçanha. Aquele esquema: mesão com nove pessoas do trabalho, todo mundo voltando meia hora atrasado pra firma (e com aquele sorriso macabro nos lábios da pequena chachina galinácea).

Além do Príncipe, recomendo um que galeto que fica na Rua São José (agora não lembro o nome) e o inevitável galeto do Avenida Central, um ponto turístico do Centro.

PRÍNCIPE DOS GALETOS. Avenida Nilo Peçanha, 44 – loja A. Centro
O galeto aberto (arreganhado na chapa, de bruços, e não naquela posição clássica de galeto) está custando R$ 9,90, com acompanhamentos (arroz com fritas e farofa; à campanha; arroz de brócolis, ou à francesa, o meu preferido)

Laranjada pt.2

A laranjada grande custa 1 real, a pequena 80 centavos e o pastel também 1 real. O dado curioso é que existe uma legenda para os únicos três produtos da loja, isto é, se você pede uma laranjada grande, você ganha uma ficha plástica rosa. Nada mais que uma esfera achatada, pintada com rajados de branco e semelhante a um botão de jogo de botões. Se você pede uma laranjada pequena, você ganha uma ficha azul. E para os pastéis, a ficha é amarela. È possível que eu tenha me embaralhado na cor das fichas, mas o sistema é interessante e simples. Imagino que tenha sido idéia do portuga, que, chegado numa jogatina, transformou a pastelaria num cassininho. Ou talvez tenha sido só uma forma de organizar, que deu bastante certo. Tão certo que mesmo depois da invasão do Mate e do Guaraná Natural nas pastelarias, o menu não muda. Acho genial, é um processo inexistente em outros estabelecimentos da cidade na modalidade Pé Sujo Família. É uma peculiaridade que eu, como habitué, tenho orgulho de destacar. E mudar pra quê, se até hoje nunca deu problema? A massa é caseira e a mistura, que eles preparam numa panela encardida pra botar no meio, também. Se quiser desistir, observe a dança dos recheios e a cara suada do pasteleiro. Mas todo pasteleiro é sujo, não há aí uma novidade. Vá, não desista, o charme está no grude.

Pedi a mercadoria da ficha azul e da ficha amarela com recheio de queijo e fiquei trocando assuntos gastos com o mendigo muito pouco bacana que me abordou pela qüinquagésima vez Ei, moça, me dá teu pastel. O desvalido bate ponto ali comigo sempre, somos praticamente amigos íntimos. Ele sabe onde eu estudo, onde eu trabalho e onde eu moro, é uma espécie de primo de terceiro grau que eu só visito quando vou passear no Centro. E além do mais ele é jovem como eu, temos muitas afinidades. Mas o danado fissura sempre é no meu pastel. Quando eu tenho uma grana left, empurro lá mais uma ficha amarela e mando jogar na baciazinha de plástico comprada no Saara e forrada com aquele guardanapo de papelão de gramatura 40 quilos com seda que escorrega a gordura do dedo e não limpa; um pastel de camarão, que é o que o diabo gosta. Eu sei que ali é o ponto de trabalho dele, eu entendo, mas gostaria que rolasse uma cumplicidade entre a gente, e que a partir de agora ele escolhesse um novo alvo para tentar uma nova amizade e conseqüentemente uma nova fonte de pastéis, pois a minha já está por se esgotar. Eu joguei essa enquanto ele aplicava o discurso manjado dos pinguços na cinderela aqui: Eu tenho fome. Ora, porra, aquele homem tem fome o dia inteiro. Consideremos a sua pança, não é possível que seja só uma colônia de vermes sortidos. A fome está no vinho, eu sei.
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Laranjada pt.1

Quinta-feira é agitado, nasce do morno da quarta-feira à noite o dia frenesi e, a essa altura, as morenas da Praça Mauá não acertam mais os olhos na linha do horizonte sem deixar cair um deles no fundo do mar. E os bancários, ah, os bancários e os contadores estão chegando para dar um logoff nas operações de subtração e soma. Tiveram um dia de cão. Advogados falam muito alto na Rua México para saber quem vai pagar a conta das estagiárias quando elas deixarem os botecos antes das oito pra pegar o segundo tempo de Direito Civil na faculdade que fica na Praia de Botafogo.

Ninguém ainda me chamou ao telefone pra contar o que fará de divertimento. Já pressinto os papos nos breaks a respeito da obrigação de fazer alguma coisa amanhã para anular os aborrecimentos. A Santa Inquisição, flanco presente em qualquer escritoriozinho de meia idade, quer saber qual tipo de tortura vocês vão preferir no sábado de manhã para compensar o álcool do dia anterior: há os que dão plantão. E é certo que “plantão” é uma atividade que beira a caridade, ou seja, “eu não estou DE plantão, eu OFEREÇO a minha disponibilidade.” Não havendo escolha, é possível que se mereça o dinheiro multiplicado por dois, o que, em qualquer caso, pra passar um sábado (ou até domingo) esquentando a banha numa tarefa 1% desgastante é uma mixaria. Tal putaria me enfeza.

Amanhã é sexta-feira, pavor. Parece que o sol nasce antes e mais disposto a queimar mais. Nos dias de chuva, a água vem pouca, com promessas de sol e tempo bom. O trânsito encalacra: nas arquibancadas dos ônibus, pedaços de pessoas espremidas nas janelas. E o velho bom humor, sumido desde segunda, invade as padarias, as farmácias, os postos de gasolina, as bancas de jornal. As pessoas brilham nas sextas-feiras, elas vão ao trabalho mais dispostas e com mais vontade. Mas trabalham menos. Elas põem a roupa do happy hour e cadê que esse relógio não dá 18h? Quem não espera loucamente o final da semana que levante o braço. Eu não levantei o meu. O que me cansa é a pressão na sexta-feira, que, no meu caso é sempre um dia de descanso. O espírito da sexta-feira não deve ser dado a grandes transtornos; tivemos uma semana tensa, no máximo deve ser oferecido a grandes bebedeiras (o que pode transformar a sexta-feira num grande evento e até numa catástrofe). Em todo o caso, voto para chamar os amigos, calçar um qualquer no pé e conversar ao banho do álcool moderado para esperar o sábado, o dia internacional da recompensa pela semana fia das puta que nos têm dado desde que ficamos grandes e sabidos. Trabalhar é uma merda – Mesmo fazendo o que se gosta, trabalhar vai ser sempre uma merda. Chega uma hora que SOCORRO
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Indigestão musical

discos.jpg
A foto é de algumas semanas atrás, no restaurante Rosita, dentro da Primavera dos Livros. Enquanto a literatura era a grande estrela do evento, a música era maltratada na praça de alimentação. Vinis antigos de Roberto Carlos e de outros expoentes da música nacional serviam de jogo americano no citado restaurante! Deve ter sido idéia de algum decorador moderninho, que comprou as raridades a preços módicos na Pedro Lessa. A vontade de escrever trocadilhos sobre o assunto é grande, mas vou deixar a cargo dos nossos leitores, na área de comentários. Sirvam-se!

Quem quer ir ao Nova Capela comigo?

Eu lembro da primeira vez que fui ao Nova Capela. A Lapa ainda era um território estranho pra mim. E ter entrado naquele ambiente de azulejos simpáticos me acalmou. Meu prato favorito do Rio de Janeiro está lá. Não, não é o cabrito. É uma truta com arroz de brócolis, batata sauté. Salivo só de lembrar. O Nova Capela já foi palco para muitos acontecimentos da minha vida. Amores de banheiros, amores estrangeiros, confidências a amigos, nervosismos de primeiros encontros, décimos encontros, porres inesquecíveis, poemas no papel da mesa, minha rápida troca de diálogos com o Manu Chao, questionamentos da sexualidade, fotografias polaroides com um senhor que sempre me assusta, double dates, single dinner, oh baby, all that jazz… Já sentei em quase todas as mesas. Mas de uns tempos pra cá, por ter uma amiga moradora da Lapa e habituée do local, só tenho sido atendida pelo Cícero. Gente boa toda vida. Quando me contou que tem 60 anos, quase caí pra trás, porque ele parece ter uns 45 fácil. Contou que já quebrou os 2 pés, contou que dança forró com uma namorada 30 anos mais nova, não bebe mais, não fuma mais. Foi contando um pouco da vida e eu, claro, também.

E você? Tem alguma história bizarra-incrível-fantástica sobre o Nova Capela pra contar?
Conta aí, então.
A melhor história ganha um chopp de graça no mesmo, na minha bizarra-incrível-fantástica companhia.

Vai perder, mané?

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O Nova Capela fica na avenida Mem de Sá, 96, na Lapa. Telefone do estabelecimento: 2232-1907

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E agora a real e verdadeira origem do dinheiro.

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Zé Vendoin e o Coelhinho da Páscoa são cegos e vão se casar. Zé mora em Brasilia e pegou um ônibus na Asa Sul em direção à Copacabana, onde mora o Coelhinho. A passagem era dois reais. Ele então dá ao trocador, também cego, uma nota de um milhão, setecentos e dois reais. O trocador guarda a nota e dá-lhe o troco, de um milhão e setecentos reais, dentro de duas malas pretas. Zé coloca as malas ao seu lado, no banco. Uma velhinha cega entra, em seguida, e vem sentar-se junto a ele. Ao perceber a intenção dela, Zé grita: cuidado com os ovos! São ovos? Pergunta ela? Não, são material de campanha. Ah!… Neste ínterim sobem ao ônibus um americano, um judeu e um japonês, todos casados entre si e cegos. Este ônibus passa no La Mole? perguntam ao motorista cego. Não! Este é via Rebouças. Responde ele. Os três descem. Entra em seguida um outro passageiro, o Caboclo Capiroba, cego, é claro, com duas malas pretas contendo material de campanha. Passa na roleta e pergunta: quer casar comigo? Não! retruca o trocador. E tem troco pra uma nota de um milhão, setecentos e dois reais? Não, estou sem troco, resmunga o trocador. Ouvindo isto, Zé se antecipa dizendo que poderia emprestar o dinheiro da passagem e entrega a ele as malas com um milhão e setecentos reais. O Caboclo cego pensando tratar-se de uma nota de dois entrega as malas ao trocador, que, marrento e bolado, fica puto com o monte de notas e joga tudo pela janela. Mas, neste hora, passavam por ali o Saci Pererê, o Papai Noel e vários duendes, todos cegos, também. Eis que as malas caem sobre o Saci que desequilibra-se e cai. Filha da Puta! Grita o perneta cego. Os duendes somem na mata e Papai Noel, atordoado, confunde o seu saco com as malas ali no chão e leva pra casa o montão de grana. O bom velhinho pega um táxi e vai embora, mas esquece o material de campanha no banco do carro. Pelé, o motorista, um negão simpático e cego de um olho, só percebe o engano quando chega em casa. Neste momento batem à sua porta, ele atende e é a Marina Magessi. A delegada cega mostra uma foto do Steve Wonder. Você conhece esta criança?… Não, não conheço, mas acabei de achar duas malas com material de campanha! A delegada, que não é boba nem nada, subitamente se apaixona pelo negão. Você quer se casar comigo? Sim. Responde o negão. E assim se casaram e viveram felizes para sempre. Moral da história: o amor é cego e em terra de cego quem tem um olho é rei.

Da série brincadeiras cariocas: Cidade Alta

Leia atentamente ao parágrafo abaixo e responda à questão:

“Perdi uma virgindade extra no sábado passado e essa minha primeira vez foi muito mais do que eu poderia esperar. Logo no primeiro encontro, ele se apresenta portentoso e me mostra suas escolhas raras, de tão bom gosto. Ele é delicado, elegante, suas roupas são de grifes internacionais e seus sapatos, desenhados com exclusividade pelos melhores estilistas do ramo. Ele conhece tecnologia como só os holandeses entendem e tem paladar apuradíssimo para sorvetes. Ele tem caminhos que fiz questão de desconhecer por tanto tempo, justamente porque sabia que poderiam me iludir. E iludiram. Ele me fez carinho desde a garagem e, ao entrar em sua casa, cada quarto seu me era um mundo inatingível, mas lindo de se admirar. E a cada passo dado por seus salões imensos de iluminação baixa, eu sonhava ainda mais com aqueles brinquedos todos, e me perguntava como diabos ele tinha aquilo tudo e continuava sendo assim, tão low profile. Concedi calada, mas com gosto, que ele me penetrasse com toda a elegância. Eu não tinha nada para oferecer, mas ele me quis ainda assim. E quando entrei em uma de suas salas de banho, foi aí que veio o gozo – eu era uma dama e tinha à minha disposição medicamentos, algodão, agulha, linha para tecido e até para cotton. E eu disse sim.”

Quem é esse carioca tão cheio de charme?

O vencedor ganha um beijo da Christiane Torloni e um abraço da Marília Pêra.

Boa sorte!

Ménage à trois na L word

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A Wikipédia, a enciclopédia livre e desinibida, tenta explicar que ménage à trois, ou simplesmente ménage, é uma expressão utilizada para designar os relacionamentos sexuais entre três pessoas. Segundo o novo oráculo da moda os relacionamentos podem ser dos seguintes tipos: MMF: Dois homens e uma mulher com bissexualismo masculino; FFM: Duas mulheres e um homem com bissexualismo feminino; MFM: Dois homens e uma mulher sem bissexualismo; FMF: Duas mulheres e um homem sem bissexualismo; MMM: Três homens em ato homossexual; FFF: Três mulheres em ato homossexual. Faltaram ainda, a meu ver, o MDF e o FMI. Siglas a parte, se o seu negócio é carne em quantidade e preço bom, venha encarar uma picanha sapatão a três. Na Atlântica com a Bolivar. Copacabana, princesinha do mar…

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