Archive for the ‘Só rindo…’ Category

Que saudades!

Eu fico impressionado com a falta que sentem de mim quando passo tanto tempo sem comparecer.

A verdade é que eu me sinto um pouco isolado aqui. O Metblogs talvez pudesse promover mais integração entre os autores das diversas cidades, mas, para isso, seria preciso um blogueiro que pudesse se expressar bem em inglês.

Quem sabe não aparece alguém.

"É impossível explicar esse amor"…

Uma bela, divertida e realista Ode ao Rio, que ilustra bem a tese de que é difícil explicar esse amor ao Rio de Janeiro.

Muito rápido

O carnaval foi ontem, não foi?
Não, não foi. Agora já é dezembro e a porta do Inferno está aberta. Sonho que um dia nevará e de fato – esses bonecos de neve que tanto vejo, existirão realmente. Cada ano mais rápido. Ou é impressão? Quando criança o tempo era mais elástico, não é verdade?
Não, não é verdade. Cabeça lotada, e pra entrar mais coisas, sinto que tenho apagado sem querer mil outras coisas. Estou perdendo a memória seriamente e desenvolvendo uma dislexia poética bizonha. Troco palavras, esqueço pessoas, invento palavras e nomes para as pessoas. Você também, não é? Diz que sim.
Curiosa com a roda-gigante que vão construir no Forte de Copacabana. Será que vai ser caro? Tudo bem, acho que cabem 10 pessoas por vagão. Chamo amigos, levo vinho.
Tem um Papai Noel no shopping Tijuca per-tur-ba-dor. Ele É O PAPAI NOEL. Barba branca, carinha de bom, olhos claros, cabelo REAL. Fiquei bem impressionada, cogitei bater foto e tudo, mas fiquei com medo de sentar no colo dele e me desapontar com malícias natalinas.
Carnaval foi ontem, né?
Não.
Memória do olfato ainda intacta.
Dezembro voa sozinho.

Malditas festas iguais

Não sei quando foi, mas em algum momento, perceberam que as festas de 15 anos e casamentos estavam se tornando chatas. Perceberam com atraso, rá! Então, se deu início à uma algazarra meio carnavalesca, para trazer mais emoção às tais festas chatiiiinhas. Compram broches de luz, orelhas de coração, pulseiras de néon, gravatas de paetês, e distribuem no salão. Os mais ortodoxos olham desconfiados, refletindo um “onde estão os valores? tsc tsc, mas que bagunça”. Os mais jovens, que amam uma balbúrida, fazem do baile de debutantes um verdadeiro carnaval. Só que, meus amores, é tudo igual. Se ainda fosse um baile de carnaval com mil fantasias diferentes, ahhhh, que maravilha de miscelânia a ser observada. Mas não. A maioria das mulheres usa vestido preto (“não engorda“) e quando recebem os “acessórios da festa” não querem exagerar muito, para não embarangar. Então, colocam com cuidado, o arco de corações que piscam, no cabelo escovado e com reflexos. O que dizer das músicas? QUAL É O SENTIDO – e aqui grito em caps lock, DE SE OUVIR “NEW YORK NEW YORK” numa festa de casamento em pleno Rio de Janeiro? Quantas vezes você já ouviu “Cidade Maravilhosa” numa festa de formatura de formandos em Comunicação Social? E não venham com o papo de que “ahhh, tendo álcool de graça, vale tudo”. Passei da fase do vale-tudo-com-bebida-de-graça. Sentada num canto, com um vestido que não me acompanha, um sapato que me deixa fantasiada, observo de longe a mesmice insuportável dos casamentos, 15 anos e formaturas dos dias de hoje. E em todas as sociais: ricos, classe média e pobres. Tudo a mesma merda. Daqui a pouco, os sucessos do axé, que até eu sei cantar por osmose vital. Discotecas, Bee-Gees, meu pai se levanta, vai dançar. Estou ficando chata. O uísque descendo, mas não ajudando. Agora, claro, funk. O funk ruim. O funk tosco. Porque funk é bom, mas essas pessoas não sabem disso. No banheiro, uma menina comenta: “eu adoro música rave”. Quase vomito o jantar do casamento. Como é que é? Música rave? IH, tô velha. Tô velha e sou tão nova. Todas e todos, com vestidos carérrimos (ou não, rá!) e paletós parecidos, e adereços que brilham, piscam, em cores fluorescentes. Laboratório do comum. Aviso aos navegantes que meu casamento vai ser na praia. E que ninguém gaste dinheiro com uma roupa que só vai usar uma vez na vida. E nada de sapatos. Sempre tiram mesmo, ora bolas. E nada de enfeites moderninhos, made in Japan. Se tudo vira carnaval, confetes e serpentinas serão distribuídas. E quero discursos! Nada de um padre, pastor ou juiz falando texto arcaico com lenga lenga. Quero amigos contando causos e marido declamando poesia. Eu tô delirando? Culpa de outubro.

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ai, que lindo, né?
pffffff

Nem tudo está perdido

Pelo menos é o que pensa um passageiro da linha 583 (Cosme Velho – Leblon) que teve o trabalho de sacar uma esferográfica e escrever às costas de um banco o seguinte registro, devidamente assinado através do seu número de Identidade:

“NOS ÚLTIMOS
TRÊS ANOS (3)
MELHOROU MUITO
ESTA EMPRESA.
PARABÉNS!
R.G. 43111907”

Todo coração é uma célula revolucionária.

Apologio ao crime?
Meu cu!

Só estou querendo dizer que:

Todo_espaco_mal_utilizado___.jpg

Um beijo para Henry David Thoreau e para todos vocês que ficaram muito indgnados com o meu furto.
Pois é, gente, é isso mesmo. O Brasil não vai pra frente porque existem pessoas como eu.
Que coisa, né menina!

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